De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a cada ano são registrados 11 mil novos casos de câncer em crianças e jovens brasileiros. A boa notícia é que, com os avanços da medicina, a maioria dos casos são curáveis. Mas é importante que sejam detectados logo no início e tratados adequadamente. Em adultos, o câncer muitas vezes está associado a fatores ambientais, como o hábito de fumar. Em crianças não se observa claramente este tipo de associação, uma vez que a doença está muito mais associada a fatores genéticos.

Em aproximadamente 10%-15% dos casos, são reconhecidos outros casos na família. O melhor a se fazer, portanto, é prevenir a doença por meio do diagnóstico precoce. Assim, as chances de cura são muito maiores. Infelizmente, no Brasil, muitos pacientes são encaminhados aos centros de tratamento quando a doença já está em estágio avançado. Muitas vezes, este atraso acontece devido à desinformação da família e ao medo do diagnóstico do câncer. Em outras situações, ainda, os sintomas se confundem com os de outras doenças, atrasando o processo.

O primeiro passo para a cura do câncer é a realização do diagnóstico correto, feito por laboratório e profissionais confiáveis. Depois de detectada a doença, é dado início ao tratamento, que pode incluir quimioterapia, radioterapia e, caso seja necessário, cirurgia. Segundo especialistas em oncologia infantil, tão importante quanto o tratamento médico, é o apoio psicossocial que a criança, adolescente e sua família recebem, estimulando-os a enfrentar a doença e não desistir do tratamento.

Sintomas que persistem, como dor na perna que não passa, dificuldades para enxergar, mal-estar, febre e falta de apetite, por mais inofensivos que pareçam, devem chamar a atenção dos pais, professores e médicos. Também é importante não ignorar as queixas das crianças, agindo como se elas estivessem “inventando” os sintomas. A comunicação tem papel fundamental para diminuir a incidência da doença, potencializando ações que visam à promoção da saúde, à prevenção e detecção precoce da doença, e ao atendimento com qualidade ao paciente.